Finalmente, mais uma mensagem... Não esperava que demorasse assim tanto para escrever mais.
Mas o que conta é que estou a escrever outra vez, mais uma novidade no meu mundo gastronómico. Bem, o que escrevo hoje e agora é um relato daquilo que se passou na terça-feira (20 de Outubro), que foi o teste de uma receita inventada por mim, iniciada no sábado anterior, mas só terminada efectivamente, nessa terça, e que fora... uma má experiência.
Na realidade, só houve uma coisa que correu mal, ou seja, algo que fora tão mau que rotulou a experiência por inteiro, mas sem contar com isso até fora... perfeita. Caso de grande contraste entre o pouco que correu mal, e o muito bem que correu realmente.
Bom, deixemo-nos de divagações e passemos ao que interessa.
A receita fora inventada com o objectivo de entrar num concurso chamado "A Revolta do Bacalhau" (
http://www.revoltadobacalhau.com/), organizado pelo "Recheio" (
Cash and Carry), pela marca "
Norge" (Bacalhau da Noruega) e pelo grande organizador "Edições do Gosto" (
http://www.e-gosto.com/) que, para quem não sabe, trata da grande editora portuguesa de publicações práticas e técnicas no campo da culinária, como a revista portuguesa "
Inter" da boa cozinha que se faz em
Portugal, e outros. Esta também é uma das organizadoras, para não dizer "a" organizadora, dado colaborar com a selecção nacional para as olimpíadas da cozinha, um dos principais eventos de cozinha a nível nacional tal como a CCA (
http://chefecozinheirodoano.com). Evento esse, o da "Revolta do Bacalhau", a que não pude concorrer, limitado que estava a
profissionais. No entanto, e sem perder força de vontade, fiz o teste/experiência à mesma.
A receita chama-se Almôndegas de Bacalhau regadas com Vinho do porto e molho de Hortelã, designação não muito "pomposa" mas elucidativo do que incorpora, não abrangendo tudo, claro está!
Passo a citar os passos da confecção, não sendo infelizmente (nem minimamente) preciso nas quantidades, dado que foi "a olho":
Começa-se por cozer num tacho o bacalhau (400g), previamente demolhado (pelo menos 24 horas) e mudada a água umas poucas vezes (3 vezes +/-), em leite com mel e 2 cenouras finamente picadas, tapando por completo o bacalhau na sua cozedura. Ao fim de 10 minutos, estando o bacalhau cozido, incorpora-se farinha, de modo a engrossar para que chegue a um ponto capaz de se moldar. Reserva-se fora do lume. Prepara-se uma malga de leite e mel, a gosto. Moldam-se as almôndegas e mergulham-se por completo no leite de passagem. Dispõem-se numa travessa e põem-se no frio por 2 horas (o suficiente para ficarem frias). Preparando por fim o molho, lavam-se 5 folhas de hortelã e, metendo-as numa frigideira com uma colher de sopa mal cheia de açúcar, vão-se picando as folhas com uma colher de sobremesa de modo a que o aroma se liberte. Após uns segundos adiciona-se meio cálice de vinho branco (experimentei com um da Adega de Borba) e duas colheres de sobremesa de manteiga. Liga-se o lume no nível mais baixo (nível 3 nas placas de vitrocerâmica) e mexe-se com a colher até se homogeneizar. Retiram-se as folhas de hortelã e, ainda quente o molho, serve-se ao longo do prato final de modo a arrefecer no próprio prato. Dispõe-se uma almôndega no prato previamente guarnecido do molho, rega-se finamente com um vinho do Porto (experimentei com um tawny "Calem"), e está terminado.
Simples, não? Não seria capaz de fazer algo mais complexo dado ainda o meu curto conhecimento em culinária, no entanto, ficou para o meu palato algo perfeito, pois não esperava combinar "tão" bem...
Parece que me esqueci da parte má do prato... Mas não. A parte má é que, na ideia original, o prato seria uma sobremesa, e numa tentação forte para incorporar algo fortemente rotulado como sobremesa apresentei o prato com chocolate (70% da Lindt), que não sei se imaginam, mas fica qualquer coisa como... "intragável". Contudo, e não fosse a minha mãe não ser a adepta nº1 do chocolate, disse ela que não sabia se com o meu chocolate tinha ficado assim tão mal como dissera, mas que com nutella era muito bom (caso para desconfiar devido às influências).
Na ideia original ficou assim, com uma luz mais natural:
Com uma luz artificial, ficou pior a fotografia, e está má à mesma:
Mas, como disse, não é para dar importância ao chocolate (e neste caso, que as fotografias ficaram tão más, nem as fotografias merecem...). Refiro também a falta de estética na disposição do chocolate...
Se houver alguma pergunta ou comentário, não hesitem e digam qualquer coisa. Também faço demonstrações ao domicílio desde que não lave a loiça.